Paris talvez seja, de todas as cidades que já visitei, a minha favorita. Se eu pudesse, iria todos os anos para lá. São tantas atrações – parques, museus, ruas charmosas, monumentos famosos – que é difícil conhecer tudo em uma ou duas visitas. Essa infinidade de atrações pode tornar difícil o planejamento do que fazer, mas com uma mapa em mãos e as dicas certas, a tarefa fica bem mais fácil. Hoje vou escrever sobre o que é, pra mim, um dia perfeito em Paris.
– Manhã: depois de um bom café da manhã, meu dia perfeito em Paris começaria com um passeio pelo rio Sena em uma das embarcações que o percorrem. Há diversas opções de companhias (Bateaux Parisiens, Bateaux-Mouches, Vedettes de Paris, etc); aos pés da Torre Eiffel há pontos de embarques. O passeio custa, em média, 15 euros e dura cerca de uma hora.
Por que eu adoro? Porque, a partir do Sena, é possível ver alguns dos pontos mais marcantes de Paris: a Torre Eiffel, os Invalides, o Museu d’Orsay, o Museu do Louvre, a Catedral de Notre Dame, etc. A vista a partir do rio é privilegiada, e o sol da manhã deixa tudo mais bonito.
Terminado o passeio, eu iria caminhando pelas margens do Sena até chegar na Ponte Alexandre III, que é uma atração por si só – vale a pena parar para apreciar a Torre Eiffel da ponte e tirar algumas fotos (acima, detalhe da ponte em foto tirada durante o passeio pelo Sena). A partir daí, iria em direção aos Invalides, mas não pararia por lá – o destino seria o Museu Rodin, que conta com um jardim maravilhoso, com direito a espreguiçadeiras e às mais famosas esculturas do artista que dá nome à casa, e onde vários locais fazem a pausa para o almoço (falando em almoço, antes de chegar no museu eu pararia em algum café para pegar uns croissants, um sanduíche ou algo parecido pra me juntar aos locais no jardim do museu). Na época em que fui, o museu em si estava em obras (que, aparentemente, terminam apenas este ano), mas era possível visitar algumas salas; como o que me interessava mesmo era o jardim, nem entrei – fui direto ao ponto. A visita ao jardim custa apenas 2 euros.
– Tarde: alimentada e bem descansada, eu iria (a pé mesmo – uma das melhores coisas para se fazer em Paris é “flanar” pelas ruas) até o Museu d’Orsay, o meu favorito dentre os que visitei. O museu fica em uma estação ferroviária desativada e conta com obras imperdíveis dos maiores mestres da pintura e da escultura, como Monet, Renoir, Van Gogh… O museu tem, ainda, restaurante e dois cafés – um deles concebido pelos irmãos Campana, designers brasileiros. Há um terraço a partir do qual é possível ter uma vista privilegiada da cidade. O bilhete normal custa 11 euros e o reduzido sai por 8,50 euros (para quem tem entre 18 e 25 anos e para todos a partir das 16h30, exceto quinta-feira, quando esse preço é válido a partir das 18h). Mesmo pra quem não é muito fã de arte, considero um passeio imperdível, sobretudo pelo prédio em que o museu está instalado e pela bonita vista do terraço.
Saindo do museu, eu iria – caminhando, mais uma vez – até o Jardim de Luxemburgo. O jardim rodeia o Palácio de Luxemburgo, construído em 1620 e utilizado, hoje, pelo Senado francês. Nada melhor do que ocupar uma das cadeiras espalhadas ao longo do jardim e descansar curtindo aquele visual lindo. Há lagos, fontes, atividades para crianças… O melhor de tudo: a entrada é livre.
Noite: deixando o parque, eu aproveitaria o início da noite em um dos cafés que ficam na região da universidade. Subindo a Rua Soufflot – facilmente acessível a partir de uma das saídas do Jardim de Luxemburgo -, uma boa dica é o Comptoir du Pantheon: o ambiente é bem descontraído, o serviço é atencioso e há várias opções, desde pratos até tábua de queijos ou um simples café. O “plus a mais”: saindo do café e olhando para a esquerda, com o que a gente se depara? Com a majestosa e brilhante Torre Eiffel. Nada mal terminar o dia assim, né?! =)
P.s.: outra opção é ir até o Comptoir du Pantheon pra aproveitar o anoitecer tomando uma taça de vinho e seguir, depois, para a Rue de la Harpe e arredores, onde há diversas opções de restaurantes com preços acessíveis – fomos na Hostellerie de l’oie qui fume, que oferece menus desde 10 euros (com entrada, prato principal e sobremesa) e, apesar do preço baixo, não deixa a desejar no quesito qualidade e sabor. A Rue de la Harpe, onde fica o restaurante, é bem pequenina e simpática.
P.s. 2: sim, esse roteiro pressupõe um dia de sol – fazer o que se nos meus sonhos Paris é sempre ensolarada?! Hehehe… Como disse no início do texto, a cidade é cheia de atrações e, chovendo, com certeza não faltarão opções de passeios – que tal um circuito de museus?!